CÂMARA MUNICIPAL DE
CRISÓPOLIS

Prefeita de Ipirá alega problemas de saúde e apresenta renúncia ao cargo

 21/02/2013 | POLÍTICA

Um mês e meio após o ato de posse, a prefeita do município de Ipirá, distante 202 km da capital baiana, Ana Verena (PR), confirmou nessa quarta-feira (20/2) o seu pedido de renúncia do cargo, situação cogitada desde o início de sua administração, quando a republicana afastou-se temporariamente, alegando problemas de saúde.

O ato foi ratificado através de um ofício protocolado pelo procurador do município, Gilvan Mendes, na Câmara de Vereadores. No comunicado, ela voltou a justificar a condição de estresse físico e mental como motivo para abdicar do posto mais alto do município. Em seu lugar vai assumir o vice-prefeito, Ademildo Almeida (PT), que será empossado hoje, às 15h30, em uma sessão no Parlamento.

Informações chegadas à Tribuna apontam para o descontentamento da população que a elegeu em outubro do ano passado com 14.891 votos (46,62% dos válidos). Ela venceu o segundo colocado, Marcelo Brandão (DEM), por 49 votos de diferença. Mas, segundo o presidente da Câmara, Aníbal Ramos (PRP), a questão deve ser aceita com “tranquilidade”. Ele informou que iria baixar um decreto legislativo, tornando vago o cargo de prefeito.

“A cidade entende a prefeita que não se sente habilitada para o cargo que requer muito trabalho e traz ansiedade, lembrando que ela tem um histórico familiar que apresenta problemas de saúde”, afirmou Ramos.

O presidente da Câmara também defendeu a conduta do novo prefeito. “É uma pessoa competente, digna de assumir esse cargo”. Com formação em medicina, Ana Verena não tem experiência na área política e só aceitou entrar na corrida para a prefeitura municipal porque o seu marido, Antonio Colonezzi (PP), foi enquadrado na lei da Ficha Limpa.

A reportagem procurou a prefeita por telefone e em sua residência, mas não conseguiu encontrá-la. Mas o seu marido confirmou que a decisão foi motivada pelos problemas de saúde, enfrentados desde o final da campanha eleitoral. “Ela não tinha como tirar licença, nem férias. Ela quer parar. As contas da prefeitura estão em dia e o dever foi cumprido por ela”.

Segundo ele, depois do processo eleitoral, Ana Verena apresentou pressão alta, o que sinalizou a necessidade de afastamento imediato da vida pública.